Quase ninguém pensa nisso, mas todo mundo já nasce com um "capacete".
A principal finalidade do nosso crânio é proteger o cérebro. Por isso, o crânio humano evoluiu para protegê-lo, suportando quedas da nossa própria altura.
Foi pensando nisso que projetamos nosso produto de forma semelhante aos ossos do crânio, como sendo um "acessório" que auxilia na proteção em caso de queda. O honeycomb, que substitui o isopor dos capacetes comuns, funciona como um reforço ao crânio e se apóia nas fendas dos ossos trabeculares da cabeça, de modo a dissipar maior quantidade de energia em caso de impacto. Está vendo esses furinhos nos ossos da imagem? Eles servem justamente para serem quebrados! Quando eles quebram, absorvem a energia do impacto.
Basear um capacete simplesmente no tamanho da cabeça do usuário pode ser muito perigoso. Hoje, os capacetes são produzidos em série, com os cascos (parte de plástico) do mesmo tamanho para todos. Isso mesmo! A parte externa do capacete é a mesma para quase todos os tamanhos! O que muda é a espessura do poliestireno de dentro (a parte de isopor). Ou seja, se a cabeça do usuário é maior, ele terá, teoricamente, menos proteção, pois a camada de poliestireno será mais fina!
Além disso, a taxa de deformação do isopor é, em média, de 35-45%. Depois disso, o isopor fica rígido como madeira! E é simples demonstrar isso: pegue um pedaço de isopor e aperte com a força de seus dedos. Até certo ponto, ele irá deformar (afundar). Quanto atingir o limite (os 35-45%), não irá afundar mais.
Pasme! Essa é a "proteção" que você tem ao andar de moto!
Nossa idéia é desenvolver um capacete sob medida , onde cada comprador recebe seu produto de acordo com suas necessidades. Portanto, um piloto que dirige uma moto de 1000 cilindradas, de massa corporal de 90 kg precisa de um equipamento diferente daquele cuja moto tenha 350 cilindradas e pese 75 kg. E isso deve mudar muita coisa: além da circunferência craniana, o material e a espessura das camadas devem ser especificos para cada caso.
Desta forma, é indispensável traçar o perfil de cada usuário antes de se vender um equipamento de segurança sob pena de por sua vida em risco.
Por incrível que pareça, os capacetes mais caros no mercado são, geralmente, os menos seguros. Isto porque seu coeficiente de resistência é elevadíssimo, em detrimento à absorção da energia do impacto.
Ou seja, muitos capacetes hoje em dia são tão resistentes que se tornam "a prova de balas", mas absorvem muito mal a energia do impacto. E quando não absorvem essa energia, transferem essa energia para o cérebro.
Além disso, se não houver deformação, aparece outro "inconveniente". Observamos que tão danoso quanto o impacto (bater a cabeça no chão) é o rebote (rebound). Veja as esferas da imagem. Quando há absorção, quase não há rebound.
A não consideração (ou consideração inadequada) da energia de rebote pelas normas (em especial, a brasileira, que a ignora completamente) é causa principal de concussão cerebral, moléstia comum em acidentes motociclísticos.
Como os carros de antigamente, que eram fabricados com grande resistência ao impacto e que hoje certamente não sobreviveriam às normas técnicas e novos conceitos científicos. A segurança oferecida por um automóvel de luxo produzido nos anos 50 é vertiginosamente inferior à qualquer modelo popular dos dias de hoje.